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Bené Chaves <>, natalense, é escritor-poeta e crítico de cinema.
Livros Publicados:
a explovisão (contos, 1979)
castelos de areiamar (contos, 1984)
o que aconteceu em gupiara (romance, 1986)
o menino de sangue azul (novela, 1997)
a mágica ilusão (romance, 2001)
cinzas ao amanhecer (poesia, 2003)
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segunda-feira, fevereiro 27, 2006

DUAS DESILUSÕES


Além de Gupiara estar crescendo aos solavancos e deixando pobre sua paisagem, a fascinante Kim Novak também ia aos poucos fugindo de meus sonhos. Acho que se desfigurava ano após ano (como todos nós, a velhice a bater diariamente na nossa porta) daquela imagem jovem e de traços perfeitos que cediam, para minha tristeza, lugar a um quase arcabouço de mulher. (Lembro-me aqui do último filme em que a vi participar, fazendo, já envelhecida, na vida real, o papel de uma doente, na vida irreal. Não sei, creio que a mesma não deveria ter aceitado tal personagem. A fita me causou profunda melancolia, pois acredito aí que a arte imitava também a vida. E ela deixou-se levar pelos desestímulos, o tempo a corroer seus atrativos físicos). Daí, então, duas terríveis angústias tomaram conta de mim: o envelhecimento da outrora bela atriz, assim como, em uma situação parecida, o perverso progresso e os danosos efeitos da também outrora e pacata Gupiara. Era um vexame duplo que tive de lamentar e suportar. Embora em contraposições, os dois acontecimentos seriam conseqüências ditadas pelo transcorrer de uma existência.

Mas, o pior de tudo, claro, seria o passar e remexer dos anos. E com ele a amargura trazida, quando enxerguei os dois fatos que talvez nunca imaginasse acontecer. Lógico que na minha utopia de ainda menino quase ingênuo e adolescente, na doce intenção de jamais olhar para um futuro que se avizinhasse sombrio. Supunha que nada do bonito e simples que via iria, em largos pisoteados, se transformar em algo feioso. Porém, as coisas belas, com o transcurso dos períodos, grosseira e fatalmente, se metamorfoseavam em coisas feras. Não sabia por que tudo era assim, sabia apenas que as ocorrências seriam esmagadas pela insensibilidade do universo e pela imprudência do ser (dito) humano. A atriz não teria mais a imagem anterior, a beleza ia sumindo, ia enrugando. Difícil acreditar no desagradável fato. E fiquei perplexo diante de um novo, mas velho corpo. Decerto que também me desiludi com Gupiara. Ela existiu com certo entusiasmo antes, existe com temor no momento e existirá com saudade em um futuro próximo. Passado, presente e futuro se diluíam ante uma gradualidade opressora.

Lembro que naquela época ia com amigos a um bar perto da praia e de lá saíamos alcoolizados a perambular junto ao mar. Ninguém nos incomodava. E depois de algumas horas dormíamos ali mesmo na areia úmida, as ondas inocentes a fazer carícias e cócegas em nossos pés. Ou então, tempos atrás, passar descontraído, com um grupo pequeno, de casa em casa a fazer as desejadas serestas para as mocinhas da cidade. Vez ou outra éramos molestados pelas vizinhanças ou pais das mesmas a ficarem dizendo impropérios e também a jogarem água fria nas nossas cabeças quentes. Pior seria se acontecesse o contrário, evidente que sim. Mas, afora tais questiúnculas mesquinhas, as meninas-moças (ou nem tão moças assim) adoravam o som melodioso das cantigas ensaiadas. E as mais afoitas arriscavam uma olhadela, ludibriando seus progenitores, para tentar reconhecer os donos da romântica empreitada.

Era a Gupiara de nosso período, uma cidade inocente ou aparentemente inocente. Tomaram-na de nossas mãos e desígnios honestos e fizeram que a própria fosse desonrando seus iniciais sentimentos. Os profundos afetos perdidos ao longo de uma existência, de uma vida que se imaginasse sadia, sossegada. Dali em diante, já na minha fase da pós-adolescência e adulta, passei a enxergá-la com enorme desconfiança. Uma desconfiança de quem a quisesse vê-la sempre modesta, sincera e, sobretudo, não alheia aos compromissos da virtuosidade. Foram, portanto, duas ilusões a mais e dois fatos de estar a menos. Apre!

ESPAÇO LIVRE


MADRUGADA

Águas
frias
areias
orvalhadas

e tu

companheira
morena
loira
ruiva
faceira, ao
meu encontro.

Nossos sexos se
tocam em brasa, as
gaivotas esvoaçando
no mar e no ar.

E o oceano a gozar
nossa intimidade.

Bené Chaves



segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Mais um conto que apanho do livro Castelos de Areiamar (1984). Espero que o tenha modificado e reduzido sem grandes danos para a compreensão do mesmo. Se não tiver conseguido peço que me desculpem. Mas que tentei não resta a menor dúvida. Portanto, uma boa leitura para todos.




SEMELHANÇA


Abriram o curral e o gado entrou apressado. O porteiro voltava de uma espiadela e parou aos solavancos dentro do pequeno recinto. Atropelou-se, tomou fôlego, virou com medo do rebanho, roçou na parede. Esperava a chegada das reses famintas.
Uma porta foi aberta e de um em um o gado ferrado. Todos estavam preparados para a corrida, esparramavam-se no chão, ninguém sabendo o que fazer com a boiada, apenas instruíam para as tarefas. Os pequenos aguardavam a partida, enquanto os maiores eram enfiados no estreito corredor. O trabalho iria começar.
Suados e fatigados olhavam o infinito, viam um caminho demorado, cheio de atropelos, fiascos. Sabiam-se enganados debaixo do telhado quente, áspero. E, então, uma voz ecoou: todo santo dia essa caninga, estamos já acostumados.
O gado esperou que o homem viesse tirar o leite, estava impaciente. Os menores procurando qual a solução melhor. Acotovelavam-se e caíam no chão melado, sujavam a roupa esfarrapada, misturavam-se. Pro alto o tempo mudara de cor, acinzentava.
Nem sinal do barrigudo e eles cansados, inquietos. O local barulhento, a barriga seca, os filhotes sem forças, caídos no desespero. Um grito, então, ressou firme, fazendo todos se deslocarem. Aí o barulho aumentou, quase se mataram. Estrebuchando no curral, palpitando de excitação, a manada entrou receosa aos trancos e obedecendo a ordens. Lado de cá, por uma porta de madeira roída, uma pessoa de branco e coçando um bigode de arame, disse, voz baixa: bom-dia! E depois desapareceu no cubículo onde postava a figura de um nu, entrando no rumo de um eucatex listrado e apodrecido.
Os novilhos maltratados não comiam, esperavam de pé, alguns brincando naquela suja areia. Puxa mãe, venha ver os bois no cerrado, estão brigando. A pobre se lamentando, amanhã filho, será nossa vez, cedinho encurralados. No chão enxovalhado a água descobria um mau cheiro. Fora, um frio intenso.
O morador acordou sobressaltado, foi ao curral. Espantou-se: a cancela escancarada, o gado dentro, uns dormindo, outros de olhos arregalados. Mugiram ao ver o homem. A chuva caía grossa, pingos no chão deslizavam e atravessavam o prédio, ia se quietar no cantinho do muro. Ensopavam. Com uma perna só a mulher esquelética bateu a muleta no vidro, arrebentou a cara em frente e um jato de sangue correu na cerâmica.
O homem de branco e de rosto esfacelado deslizou sua mão entre as chaves e fincou-se de cócoras a folhear pequenas gravuras. Arranjou lã úmida e tapou o ferimento. Depois grunhiu: entre o que conseguir... Passos eram ouvidos no retângulo. O ambiente pareceu fantasmagórico e indecisões circundavam as pessoas desesperançadas. E entre diminutas brechas, algumas ali mijavam. Deitavam-se nos bancos e cobriam o corpo com o friorento ar, todas atordoadas.
Procurando apalpar a mãe, um menino esbarrou, chegou perto da soleira. Deteve-se e imaginou manobras invisíveis. O vidro impenetrável, decisivo. Ao lado, outras criancinhas rolavam no chão enlameado e fugiam de responsabilidades, a idade era todo prazer.
O boi bocejou preguiça, levantou-se e segurou o queixo apoiado no arame. Viu um espaço perdido e torceu a cabeça. Um pingo de lágrima desceu pela cara arredondada. A mulher chorou, lamentou, perdeu suas forças, o entusiasmo. Enquanto o vento varria uma poeira que subiu no telhado desabando pequenos cacos. E o frio fez todos encolherem arroxeados, subitamente imóveis. Alguém falou: dê um chute na porta, talvez consiga quebrá-la.
Preparavam o lance final quando uma parede ruiu ao lado. A poeira no ar a sufocar o ambiente. Entreolharam-se sem se verem. O homem baixinho, quase anão, enfiou os dedos no orifício da fechadura e foi surpreendido, agarrado aos puxões, a mão engatada no vidro. Voltaram apenas pedaços ziguezagueando um rastro de sangue no pavimento.
Era de esperar que o gado fosse estranhar a atitude do morador. Mas, ele permaneceu diante da boiada feito uma estátua. Nada fazia. Ouviu, então, um zumbido e virou-se espantado. O homem tinha medo, um terrível medo gravou seu rosto. Não fique parado, vamos, ande...
A fumaça desapareceu e apareceram três ou quatro mortos. O cidadão de branco ficou detido, pálido e infeliz. O pobre do gado ainda esfomeado, encolhido, aguardando uma ocasião melhor. No entanto, o portão do curral fora aberto e as reses famintas saíram cabisbaixas, lentas, as pernas bambas.
Bené Chaves



segunda-feira, fevereiro 13, 2006

UM ALUMBRAMENTO ESPECIAL


Nesse período de vida era gostoso morar em Gupiara, já que a mesma ainda estava imberbe e seus mandatários não tinham, por enquanto, vale ressaltar, a ganância nela e dela como uma metrópole. Ou, então, a gente, talvez, dentro de uma visão natural e ingênua não enxergasse se havia alguma estranheza qualquer. Quem sabe estivessem programando algo para o futuro? Mas, de todo modo, Gupiara era pacata e nós gostávamos do seu jeito de ser. Podia-se, o que era melhor, ir para o lugar que se quisesse sem sermos importunados. Nesta linhagem ela oferecia uma total despreocupação quanto a assaltos ou roubos. E era uma particularidade que se fazia notar. Lógico que eu adorava aqueles momentos vividos na intimidade da mesma. Não deixava de ser também um agrado poder respirar o ar quase puro da cidade.

Como morava em frente a um cinema tinha a facilidade de assistir bons e ruins filmes, ainda menino de calça curta a me deleitar nas incertezas de uma existência. Nasci e cresci praticamente nos arredores e circunvizinhanças do prédio onde se alojava o cine Rio Grande, hoje apenas um monstrengo a me deixar saudade toda vez que passo pela sua larga calçada. Dentro do mesmo deve atualmente habitar insetos e teias de aranha numa promiscuidade sem limites, as suas cadeiras desconfortáveis empanturradas de dejetos. Quase sempre estava lá na sala de projeções procurando inteirar-me dos assuntos cinematográficos, aprender e apreender os labirintos daquela nova arte para mim. E algo que dali surgisse. Lembro-me, então, como parte ilustrativa, de um excêntrico filme: a temática girava em torno de mulheres sendo exploradas no serviço árduo da colheita do algodão. E quando um jovem chegava e literalmente transformava o lugar, a atriz em questão, Kim Novak (e não poderia ser outra, claro), apaixonava-se pelo desconhecido. E logo ele se juntava ao trabalho de cunho social ali desenvolvido, o único varão na recente empreitada.

Porém, o mais surpreendente, contudo, fora a maneira como vi tal fita. Não sei a razão, mas a mesma tinha cores diversas, ou seja, uma bonita fotografia em preto-e-branco e uma bela visão colorida. Enquanto as mulheres suavam no trabalho diário (e aí a atriz surgia em todo seu esplendor, com um vestido colado no corpo a delinear com extremo apetite o formato do mesmo), o filme aparecia em preto-e-branco. E quando o nômade jovem surgia encantando o velho vilarejo, inclusive, e com toda certeza, a bela atriz, um bonito colorido invadia a telona. Não sei... Acredito que a divisão de cores chocou os menos avisados. Pareciam ser instantes de um delírio meio surrealista. No final, tudo saiu a contento. O embate corajoso do sexo feminino e do problema social unido à forte paixão dos dois personagens.

As únicas novidades do inusitado filme ficaram mesmo na fotografia já mencionada e na disposição (e que disposição!) da belíssima mulher. Dois feitos pomposos para os espectadores da época, espantados que ficaram com tais mesclagens. E na beleza singular de nossa heroína o que me interessou foram as partes físicas da mesma. Ah!, aquelas pernas e coxas... O delgado rosto à minha frente... Nunca iria esquecer. Pude, por conseguinte, imaginá-la em detalhes e intimidades porque tivera este sonho quando decidira ir ao cinema próximo de minha casa a arremessar-me na poltrona enfadado dos estudos na noite anterior. Então, quando acordei, atabalhoado, me vi sozinho no recinto contemplando uma grande tela com suas cortinas já fechadas. E fiquei triste diante de uma realidade em contraposição com a imagem lúdica de um alumbramento.

ESPAÇO LIVRE

C
ompartilho hoje de um poema do Eduardo Gosson (agitador cultural e responsável por um 'sarau poético' numa das livrarias da cidade), que lançará brevemente o livro Poemas das Impossibilidades. Ei-lo, portanto:


Do poema (I)

Poema
- antipoema

Do poema (II)

O poema não poderá anunciar-se
mataram
a aurora
o amor
e os anjos caídos
- hoje o poema se exila!



segunda-feira, fevereiro 06, 2006

A PAIXÃO PLATÔNICA


Quando namorava Alba (lembram-se dela, com aquele short curtinho, a despertar meus desejos inibidos, em plena efervescência de um passado de glórias em Gupiara?), ainda numa talvez pré-adolescência, meus quatorze anos e minha inquietude a todo vapor, apaixonei-me também pela bela atriz Kim Novak. E a razão disso tudo foi ter ido assistir Férias de Amor, quando, então, fiquei encantado com sua beleza. Aliás, eu serei sempre encantado com a formosura de uma mulher, pois, com certeza, ela despertará deslumbramento numa primeira visão. Portanto, foi o que me aconteceu. Paralelamente tinha duas beldades distintas naquele início e mesmo fim de uma puberdade. Um amor platônico, uma inexperiência de uma vida, bobo ainda que era na minha efemeridade. O outro nem tanto assim... Que a Alba, portanto, me perdoasse. Não poderia deixar de lado aquela inicial fantasia, mesmo que não pudesse tocá-la, mesmo que apenas pudesse imaginá-la. E teria, a partir daquele momento, uma morena e uma loira, dois inigualáveis estados de espírito.

Contudo, desde a primeira vez que assisti ao filme Férias de amor (Picnic) quis logo tomar o lugar do ator William Holden e me transformar no andarilho que chega naquela pequena cidade do Kansas a despertar a libido adormecida da atriz. E como eu queria ter dançado com Kim Novak a famosa dança ao som de "Moonglow"! E como eu queria tê-la abraçado e beijado! Claro que fiquei com uma louca inveja de apenas presenciar tudo. A partir de então comecei a me interessar no que dizia respeito ou se relacionasse com a mesma. Sem despistar, lógico, minha morena Alba e depois outras que surgiriam. Mas, a paixão verdadeira e que morava muito distante não poderia jamais esquecer. Nada me impediu de ver algo de diferente na ainda jovem atriz, alguns bons anos mais velha do que eu. E na minha fase pubescente e encantatória floresceu o inesperado sentimento enquanto ela desfilou sua exuberância nas telas dos cinemas. Infelizmente contrariado devido sua transitoriedade, tanto a da bela mulher como também das salas exibidoras.
A grande frustração, no entanto, seria quando encarava a realidade. A infeliz realidade de que a mesma jamais saberia minha identidade e existência. Menos ainda do ardente desejo. Era uma tristeza o meu anonimato. E a solução, em parte, vê-la em seus filmes. Nada mais restaria. A não ser vivenciar o seu rosto encoberto de uma vasta cabeleira, num misto de ruiva, loira e às vezes morena (como em Um corpo que Cai, onde ela encantou nas duas feições). Não soube, todavia, o que me deslumbrou com maior intensidade: se o cabelo escuro ou de outra cor qualquer. Talvez gostasse dela em situações diversas, na mesclagem multicolor em que aparecesse. Parecia-me disposto a sublimar o recente sentimento. Porém, a mistura policômica do cabelo e o par de coxas de formas arredondadas, me despertaram, apesar da transparência, um equívoco. E, evidente que sim, sabia que nada dali era palpável, sobrando somente as réstias temporárias de um ilusão. Aqui, uma outra (doce) ilusão. Aceitá-la na sua forma de ser: invisível quanto a um suposto envolvimento.

ESPAÇO LIVRE

O MELHOR DO MUSICAL NO CINEMA


Entre 14 admiradores da chamada 'sétima-arte' a Tribuna do Norte publicava, no dia 11 de setembro de 1994, os seus 'melhores musicais'. Interessante notar que os dois primeiros colocados foram realizados a quatro mãos. Eis, portanto, a 'seleção das seleções', inclusive com a pontuação final.

1. Cantando na Chuva (Donen & Kelly, 52) - 82 pts.
2. Amor Sublime Amor (Wise & Robbins, 61) - 68 pts.
3. Sinfonia em Paris (Vincente Minnelli, 51) - 55 pts.
4. Help! (Richard Lester, 65) - 31 pts.
5. Cabaret (Bob Fosse, 72) - 30 pts.
6. O Baile (Ettore Scola, 83) - 29 pts.
7. My fair Lady (George Cukor, 64) - 28 pts.
8. Hair (Milos Forman, 79) - 26 pts.
9. Sete Noivas para Sete Irmãos (Stanley Donen, 54) - 23 pts
10. Meias de Seda (Rouben Mamoulian, 57) - 22 pts.