Longe, contudo, de meu primo, que deve ter se entendido ou não com Mirtô. (Soube depois que ele acabara seu namoro e fora estudar fora da cidade, esperneando-se para não fazê-lo, já que ficaria longe de tudo e logicamente de suas almejadas conquistas. Na certa deve ter feito alguma estripulia ou não quisesse estudar com afinco. E a pobre da Mirtô ficava na espera de um possível e breve retorno). Pareceu-nos que ela esperaria uma decisão dele, mesmo sabendo de sua inesperada ida para outra cidade.
Dessa colateralidade ou retilinidade do estar ou não, de um inseparável e depois afastamento gradativo (por que não dizer súbito?) de uma convivência. Seriam, enfim, as ausências sentidas e logo em seguida evidenciadas de um cessar de tudo, que seria a própria morte.
E, dela, a garota, ah!, o que falar? Sei que estava ainda em formação, os peitinhos crescendo vivificantes e apressados e o corpo delineando-se na pele morena e já viçosa. Sua face, bonita e detalhada, afeiçoava-se no aspecto abrangente.
Poder-se-ia dizer que aquela cútis trigueira moldava-se e perfilava-se com serenidade, oferecendo, desde já, um belo formato para o conjunto limitado. Seria, sem pestanejar, com precisão e certeza, uma formosura de mulher.
Eram os encantamentos e desencantamentos que viriam de ano a ano. E depois ela estaria adulta e desassombrada para os transtornos e também adornos de uma existência. Quem não se apaixonaria?

O filósofo Jean-Jacques Rousseau, nas suas experiências na república calvinista de Genebra, chegou a uma fundamental conclusão de que "quando um povo é 'representado' por deputados, ele se torna alienado de sua própria unidade coletiva e desse modo deixa de ser um povo".
Olhe aí congressistas do mundo inteiro! O que dizer de tão sábia e inteligente afirmação? O célebre homem sabia das coisas. O povo que se cuide, o povo que se cuide...
por
benechaves às
20:04