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Bené Chaves <>, natalense, é escritor-poeta e crítico de cinema.
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a explovisão (contos, 1979)
castelos de areiamar (contos, 1984)
o que aconteceu em gupiara (romance, 1986)
o menino de sangue azul (novela, 1997)
a mágica ilusão (romance, 2001)
cinzas ao amanhecer (poesia, 2003)
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terça-feira, julho 08, 2008




VERSOS QUE CANTAM E ENCANTAM (33)


De Vicente Paiva:


Vem de uma remota batucada
Uma cadência bem marcada
Que uma baiana tem no andar
E nos seus requebros e maneiras
Na graça toda das palmeiras
Esguias e altaneiras a balançar
São da cor do mar, da cor da mata
Os olhos verdes da mulata
Tão cismadores, fatais, fatais
E no beijo ardente e perfumado
Conserva o travo do pecado
Dos saborosos cambucás.

Obs: Versos da música 'Olhos Verdes'(1950), do compositor acima. Vicente Paiva Ribeiro também era cantor e arranjador, nascido na cidade de São Paulo no dia 18 de abril de 1908. Em 1926 começou sua carreira como pianista em Santos e logo seguiu para o Rio de Janeiro. Gravando os sambas 'Beijar não é pecado'(Oscar Cardona), na Victor, 'Mulher'(Pascoal Barros), e o samba-canção 'Machuca'(Donga/De Chocolat), estreou como cantor em 1929.
Compôs, com Nelson Barbosa, em 1935, a famosa 'Marcha do cordão da Bola Preta', conhecida como 'Segura a chupeta', relançada para o carnaval de 1962 com gravação da Carmen Costa. Em 1937, também no carnaval, fez grande sucesso com a marcha 'Mamãe eu quero', uma das músicas carnavalescas mais conhecidas de todos os tempos, que ele gravou com seu parceiro Jararaca.
De 1945 a 1952 foi diretor musical e regente da orquestra da Companhia de Revistas de Walter Pinto, uma das mais solicitadas no Rio de Janeiro, principalmente, no carnaval. E em 1951 a Dalva de Oliveira gravou 'Ave Maria'(com Jaime Redondo), com enorme sucesso. Aliás, o samba 'Olhos Verdes' também foi gravado pela Dalva no mesmo ano.
Vicente Paiva faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 18 de fevereiro de 1964.
Realço aqui alguns belos versos de 'Ave Maria'(1951):

Abençoai estas terras morenas

Em seus rios, seus campos

E as noites serenas,

Abençoai as cascatas

E as borboletas que enfeitam as matas.


ESPAÇO LIVRE

O poema abaixo faz parte do livro 'Cinzas ao amanhecer' (Sebo Vermelho, 2003). Já foi publicado aqui no início de 2005. Espero que todos tenham uma boa leitura. Ou releitura.
MARTÍRIO

A vida nos faz órfãos
não da ausência de pais
mas da presença e ainda
temporalidade existencial.

Ela arrebenta o ser
que temos em nós.

E triunfal segue
aniquilando-nos.


Bené Chaves

por benechaves às 20:50