
De Wilson Batista e Sílvio Caldas
Nos olhos das mulheres / No espelho do meu quarto
De Wilson Batista e Haroldo Lobo:
que saiba lavar e cozinhar
Que de manhã cedo,
me acorde na hora de trabalhar
Só existe uma e sem ela eu não vivo em paz
Emília, Emília, Emília, eu não posso mais
Ninguém sabe igual a ela
Preparar o meu café
Não desfazendo das outras
Emília é mulher
Papai do céu é quem sabe
A falta que ela me faz
Emília, Emília, Emília, eu não posso mais...
Obs: Versos das músicas 'Meus vinte anos' e 'Emília', de 1942 e dos autores acima citados respectivamente.
Wilson Batista era compositor, filho de um guarda municipal de Campos e ainda menino tocava triângulo numa banda organizada pelo tio. Aos 16 anos fez 'Na estrada da vida', samba gravado em 1933. Um ano antes gravou 'Por favor, vai embora', com Benedito Lacerda e Osvaldo Silva. Iniciou a apologia do malandro com 'Lenço no pescoço', que foi gravado pelo Sílvio Caldas em 1933. E, com isso, deu trela à famosa polêmica com o Noel Rosa, que respondeu em 'Rapaz folgado'(1932). E depois seguiram-se réplicas e tréplicas. Sempre compondo marchinhas para o carnaval lançou sua última em 1962, com o César de Alencar e feita em parceria com Jorge de Castro e Alberto Jesus.
Wilson Batista nasceu em Campos, R. J., no dia 3 de julho de 1913 e faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 7 de julho de 1968.
Haroldo Lobo era filho de Quirino Lobo, que tocava flauta e violão e irmão de Osvaldo Lobo, o Badu, compositor e baterista. Aos 13 anos já compunha samba, embora seu primeiro emprego fosse como guarda na polícia de Vigilância. Algumas composições suas tiveram sucesso popular porque se referiam aos fatos do cotidiano e de repercussão nacional e internacional. Exemplo: 'Oito em pé'(1942), marcha gravada pela Araci de Almeida. Venceu também, no período, alguns concursos para o Carnaval. Era um folião dos mais animados.
Haroldo Lobo nasceu no Rio de Janeiro em 22 de julho de 1910 e morreu em 20 de julho de 1965.
Curioso observar que o mês de Julho foi fatídico para os compositores citados, embora também fosse sinal de alegria nos seus nascimentos. Seria, talvez, uma ironia do destino.
Sílvio Caldas, cantor e compositor, participava de festas, dançava e sapateava nas mesas dos bares. E também cantava, óbvio. Já com 6 anos cantou um samba de bloco no teatro Fênix, durante conferência literária. Começou a trabalhar logo cedo como aprendiz de mecânico. Depois foi para a capital paulista e continuou sua longa carreira, começando a gravar no início dos anos 30.
Nasceu no Rio de janeiro em 23 de maio de 1908 e faleceu em Atibaia, SP, no dia 3 de fevereiro de 1998. Viveu, portanto, um bocado de tempo e deu muitas alegrias para seus admiradores.
ESPAÇO LIVRE

Na fantasia da existência
tiro a máscara da ilusão e
choro os devaneios perdidos.
em decomposição.
E recrio a sua e a minha imagem
nos clarões das boas lembranças.
As minhas, da inocência revivida.
por
benechaves às
20:55