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Bené Chaves <>, natalense, é escritor-poeta e crítico de cinema.
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a explovisão (contos, 1979)
castelos de areiamar (contos, 1984)
o que aconteceu em gupiara (romance, 1986)
o menino de sangue azul (novela, 1997)
a mágica ilusão (romance, 2001)
cinzas ao amanhecer (poesia, 2003)
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quarta-feira, janeiro 16, 2008

Quadro do pintor Walfran Guedes


VERSOS QUE CANTAM E ENCANTAM (22)


De Ary Barroso:


No tabuleiro da baiana tem
Vatapá, oi

Carurú

Mungunzá, oi

Tem umbú

Pra ioiô

Se eu pedir você me dá?

O seu coração

Seu amor de Iaiá?

No coração da baiana tem

Sedução, oi

Canjerê, oi

Ilusão, oi

Candomblé pra você

Juro por Deus

Pelo Senhor do Bonfim

Quero você

Baianinha inteirinha pra mim

E depois

O que será de nós dois?

Seu amor é tão fugaz, enganador

Tudo já fiz

Fui até num canjerê

Pra ser feliz

Meus trapinhos juntar com você

E depois

Vai ser mais uma ilusão

No amor quem governa é o coração


***************************

Tá fazendo um ano e meio, amor
Que o nosso lar desmoronou

Meu sabiá, meu violão

E uma cruel desilusão

Foi tudo que ficou

Ficou

Prá machucar meu coração (bis)


Quem sabe, não foi bem melhor assim

Melhor prá você e melhor prá mim

O mundo é uma escola

Onde a gente precisa aprender

A ciência de viver prá não sofrer


Tá fazendo um ano e meio, amor

Que o nosso lar desmoronou

Meu sabiá, meu violão

E uma cruel desilusão

Foi tudo que ficou

Ficou
Prá machucar meu coração

Prá machucar.


Obs: Versos de 'No Tabuleiro da baiana'(1936) e 'Pra machucar meu coração'(1943), ambos do autor acima. A primeira música é o título de uma canção(samba-batuque), o primeiro sucesso do autor. Refere-se a uma das principais figuras típicas de Salvador: a baiana, que vende seus produtos nas ruas da capital ganhando o seu sustento. A letra foi feita especialmente para a peça 'Maravilhosa', cantada por Déo Maia e Grande Otelo. E no mesmo ano voltou a integrar outra Revista, desta feita com o Oscarito.
A segunda canção foi gravada no mesmo ano(em 1943) também pelo Déo Maia e com acompanhamento da orquestra do Chiquinho.
Ary foi criado pela avó Gabriela e pela tia Ritinha. Aos 12 anos já fazia fundo musical ao piano para filmes do cinema mudo. Envolveu-se (infelizmente) com a política e foi eleito vereador pela antiga UDN em 1946. Mas, era um eterno apaixonado pelo futebol e pela boemia. Flamenguista fanático, não conseguir irradiar os jogos do seu time, pois torcia mais do que propriamente narrava. No rádio sustentou o programa 'Calouros' desde o final dos anos 30 até os anos 50.
ESPAÇO LIVRE




MOMENTANEIDADE


Nos teus faiscantes olhos azuis
(que me tontearam a sensatez)
turbulentos como o mar bravio
acendo o lume de tórridos desejos
e deixo-te sorver o sumo íntimo
de supostas e sacudidas paixões.

E no frêmito do amor farto e fugaz
nós a erguermos entre paredes sem cor
o tilintar de taças em líquidas ilusões.

O prazer, um instante revivido.
A dor, uma seqüela a incomodar.

E tu a sair incólume com teu olhar
que me embebedou de tentações.

Bené Chaves

por benechaves às 11:41