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Bené Chaves <>, natalense, é escritor-poeta e crítico de cinema.
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castelos de areiamar (contos, 1984)
o que aconteceu em gupiara (romance, 1986)
o menino de sangue azul (novela, 1997)
a mágica ilusão (romance, 2001)
cinzas ao amanhecer (poesia, 2003)
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quarta-feira, janeiro 02, 2008

Cena de 'Saraband'




OS FILMES QUE VI E REVI EM 2007


No ano que findou vi uma boa média de fitas. E também revi algumas importantes. E graças ao advento do DVD, sobretudo, filmes brasileiros como parte do projeto 'Cenas Brasileiras: 60 anos de cinema (1928/88)', coletânea organizada pelo Marcos Silva( professor de História da USP) e também por mim.
Destacarei os mais importantes, a saber: Saraband, do mestre Ingmar Bergman, produção de 2003, parece-me encabeçar tal lista, que vi logo no comecinho de 2007. Depois tive a oportunidade de conhecer o cinema do francês Eric Rohmer através de Conto da Primavera(1990), Noites de Lua Cheia(1984), A Marquesa D’O...(1976) e Conto de Outono( 1998). Acredito que o primeiro citado talvez seja, em uma visão inicial, o melhor destes quatro filmes do diretor.
Vi também clássicos importantes e que ainda não conhecia, claro. O cineasta Billy Wilder com o afamado Pacto de sangue(1945) e o Jules Dassin em Sombras do Mal, produção de 1950, obras-primas comprovadas. Cito também Almas Perversas(1945), excelente filme do Fritz Lang e o não menos famoso Laura, do diretor de origem austríaca Otto Premminger. Todos esses dentro de uma linha do chamado filme noir. E posso citar o Robert Siodmak na produção de 1945 com o seu Silêncio nas trevas, notadamente pela fotografia expressionista que mostra.
Conheci também As duas inglesas e o amor(1971), excelente fita do François Truffaut, que julgo ser uma das melhores deste ex-crítico de cinema e, infelizmente, já morto ainda na sua maturidade. Adaptado da obra do escritor Henri-Pierre Roché, depois de atos e fatos, ele diz lá pras tantas: 'não é o amor que atrapalha a vida, mas a incerteza do amor'. Vi também outro filme muito bonito: Flores do amanhã, de Zhang Yang, produção de 2005 e que trata do conflito entre duas gerações, pai e filho, talvez o cineasta querendo mostrar através de metáforas a rivalidade entre a China antiga e a atual.
Destaco um Marco Bellocchio com o ótimo Bom dia, noite, que realizou em 2003, assim como também A Dália Negra, um firme Brian De Palma, realização de 2006. Vi pela primeira vez, depois de tantos anos, O Grande Momento(1957), do brasileiro Roberto Santos e que traz certa influência do neo-realismo italiano. Também outro nacional que merece destaque é Cinema, aspirinas e urubus, do Marcelo Gomes, produção de 2005. E o faroeste Era uma vez no Oeste(1968), de Sergio Leone e que somente vi no ano passado por incrível que possa parecer. Traz a então bela Claudia Cardinale e interpretações primorosas de Charles Bronson e Henry Fonda. Um western de primeira qualidade.
Poderia citar aqui o filme de Wim Wenders Estrela Solitária, realização de 2005 e um Pedro Almodóvar menor em Volver, que ele fez em 2006. E como comecei o ano de 2007 com um Bergman, termino também com ele. Vi, no finalzinho, Sonhos de mulheres, de 1955. Creio que seja uma fita de menos pulso do cineasta sueco, porém já tentando aprimorar sua arte cinematográfica. E um fato interessante: em uma das cenas a personagem pega dois LPs e em um deles está escrito a palavra saraband, que seria o nome do filme que ele faria muitos anos depois.
Cito também, embora com pouco entusiasmo, duas fitas do Clint Eastwood: A conquista da honra e Cartas de Iwo Jima, ambas realizadas em 2006. Numa primeira impressão e visão, acredito que o primeiro citado supere um pouco as pretensões do segundo. Mais também podem se igualar, supondo eu que sejam dois filmes de um mesmo impacto narrativo.

A bela Simonetta Stefanelli(1954/2006), atriz de 'O Poderoso Chefão'

Nas minhas revisões feitas no ano próximo passado poderia destacar como uma das principais a de O Poderoso chefão (1972), que continua sendo um belo e portentoso filme de Francis Ford Coppola. Como também revi Cantando na chuva(1952), da dupla Stanley Donen & Gene Kelly, musical que continua com o mesmo fôlego, apesar de gostar mais de Amor sublime amor, também realizado a quatro mãos, musical de Robert Wise & Jerome Robbins.
Outros filmes destacados e que foram revistos: Os inocentes, produção de 1961 dirigida pelo Jack Clayton e Chaga de fogo(1951) de William Wyler. Também revi os excelentes Mephisto, do István Szabó, produção de 1981, uma parábola sobre a ascensão nazista na Alemanha e O Tambor(1984), filme alemão de Volker Schlondorff, que continua tão belo quanto antes. Uma revisão que cresceu aos meus olhos: Fahrenheit 451, que o François Truffaut realizou lá pras bandas de 1966.
No plano nacional e graças ao projeto comentado acima, vi e revi algumas boas produções. Tive a oportunidade de rever Tocaia no asfalto, de 1962, dirigido por Roberto Pires, que gostei mais agora; A Hora da estrela(1985), de Suzana Amaral, baseado no livro da Clarice Lispector; Tudo Bem (1978), do Arnaldo Jabor e filme por mim comentado no livro que organizamos. Revi também Chuvas de verão, que o Carlos Diegues realizou em 1978, assim como o documentário Aruanda (1962) do Linduarte Noronha. E vi mais dois documentários: Os Romeiros da Guia(1962), de Vladimir Carvalho e João Ramiro Mello e O país de São Saruê, que o Vladimir Carvalho realizou em 1971.
Tive oportunidade de ver ainda Brasa dormida, do Humberto Mauro e que inicia os textos do tal projeto, pois foi realizado em 1928. Destaco também o filme do Ozualdo Candeias, A margem(1967), apesar da péssima qualidade da cópia. Aliás, foi uma constante neste itinerário das fitas brasileiras o estado deplorável das cópias. Não existe um mínimo cuidado em restaurá-las com uma boa imagem. Acho que seja mais falta de interesse por conta de um lucro não imediato. Vi, por fim, Mar de Rosas(1977), dirigido pela Ana Carolina, uma obra com pitadas meio surrealistas à maneira do Luis Buñuel.
Eis, portanto, uma pequena amostragem do que foi o ano de 2007 para mim. Um ótimo ano. Os que não foram citados logicamente ficaram aquém de suas possibilidades. E um dado meio impressionante: todos os filmes que mencionei foram vistos e revistos em DVD, já que os cinemas de Natal não oferecem nenhuma qualidade nas suas programações.


ESPAÇO LIVRE



VÉRTICE

Universo
único verso da criação
percurso no curso do irreal.

Universo
verso único de ligação
temeridade na razão.

De
(in)frutíferas idéias?

Bené Chaves





por benechaves às 12:19