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Bené Chaves <>, natalense, é escritor-poeta e crítico de cinema.
Livros Publicados:
a explovisão (contos, 1979)
castelos de areiamar (contos, 1984)
o que aconteceu em gupiara (romance, 1986)
o menino de sangue azul (novela, 1997)
a mágica ilusão (romance, 2001)
cinzas ao amanhecer (poesia, 2003)
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quinta-feira, novembro 22, 2007





Foto de Maaria Antonia Bueno, in Olhares.com


VERSOS QUE CANTAM E ENCANTAM (19)



De José Fernandes de Paula:

Eu sempre fui feliz
Vivendo só, sem ter amor
Mas o destino quis
Roubar-me a paz de sonhador
E pôs num sonho meu
Um olhar de ternura
De alguém que mesmo em sonho
Roubou minha ventura
Sonhei com esse alguém
Noites e noites sem cessar
Por fim alucinado
Fui pelo mundo a procurar
Aquele olhar tristonho
Da cor do luar
Mas, tudo foi um sonho
Pois, não pude encontrar
Mas, na espinhosa estrada desta vida
Sem querer, um dia,
Encontrei com esse alguém
Que tanto eu queria
Esse alguém que mesmo em sonho
Eu amei com tanto ardor
Não compreendeu a minha dor
Foi inspirado então,
Na ingratidão de quem amava tanto
Que fiz este triste valsa
Triste como o pranto
Que me mata de aflição
Bem sei que esta valsa será
A minha última inspiração.

Obs: Versos da música 'Última Inspiração' (1940), valsa do compositor José Fernandes de Paula, conhecido no meio artístico como Peterpan, nascido em Maceió(AL) no dia 21 de janeiro de 1911. Foi para o Rio de Janeiro com 11 anos e seguiu o seu itinerário musical. Tempos depois casou-se com a Nena Robledo, que era irmã da Emilinha Borba, uma das mais famosas cantoras de músicas do carnaval da época, década de 40/50. Peterpan compôs também sambas e marchinhas para os festejos de Momo.
Gravada inicialmente por João Petra de Barros(1914/47, que suicidou-se aos 33 anos), em 1940, a valsa em questão fez muito sucesso. E depois também alguns cantores a gravaram, como o Carlos Galhardo, chamado de o 'rei da valsa' no período.
José Fernandes de Paula morreu em 28 de abril de 1983 no Rio de Janeiro.


ESPAÇO LIVRE




TRANSE


De manhã degusto-me
de ti.

De tarde degusta-te
de mim.

À noite degustamos
entre nós.

Em um estertor de fome
e não comiseração.



Bené Chaves

(Quadro ao lado do pintor Edvard Munch)

por benechaves às 09:59