De Gastão Lamounier e Mário Rossi:
O nosso amor traduzia
Felicidade... afeição
Suprema glória que um dia
Tive a alcance da mão
Mas veio um dia o ciúme
E o nosso amor se acabou
...
*
Eu te vi a chorar
Vi teu pranto, em silêncio correr
E parti, a cantar, sem pensar
Que doía esquecer...
*
Mas depois
Veio a dor
Sofro tanto e esta valsa não diz
Meu amor, de nós dois
Eu não sei qual é o mais infeliz.
Obs: Alguns versos da música 'E o destino desfolhou'(1937), gravada originalmente por Carlos Galhardo no mesmo ano. Mario Rossi foi autor de mais de duzentas letras de músicas e juntamente com Gastão Lamounier das mais famosas valsas em seu período glorioso. Rossi nasceu em 23 de maio de 1911 em Petrópolis, Rio de Janeiro e morreu também na mesma cidade em 12 de outubro de 1981. Já o parceiro Lamounier nasceu no dia 22 de abril de 1893 na cidade de São Paulo e morreu no Rio de Janeiro em 28 de janeiro de 1984.
De Pixinguinha e Braguinha:
Meu coração... não sei porque
Bate feliz... quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim... foges de mim
...
Vem sentir o calor dos lábios meus
Á procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz.
...
Ah se tu soubesses
Como eu sou tão carinhoso
E muito muito que te quero
E como é sincero o meu amor...
Obs: Alguns versos da música 'Carinhoso'(1917/37), que manteve-se inédita por mais de dez anos. Sobre isso, fala o próprio Alfredo da Rocha Viana, o Pixinguinha: "Eu fiz 'Carinhoso' em 1917. Naquele tempo o pessoal nosso da música não admitia choro assim de duas partes. (Choro tinha que ter três partes). Então eu fiz o 'Carinhoso' e encostei. Tocar o 'Carinhoso' naquele meio eu não tocava... ninguém ia aceitar". E esclareceu ainda que "a música era uma polca ou polca vagarosa. Mais tarde mudei para chorinho".
'Carinhoso' ficou sem letra e foi gravada apenas instrumentalmente em 1928, ficando ignorada pelo grande público até meados dos anos 30. Depois - num acaso desses da vida - houve uma mudança no curso de sua história. E apareceu, então, o Carlos Alberto Ferreira Braga (Braguinha), o João de Barro. Aceitando a sugestão de uma amiga, colocou versos no famoso chorinho. Portanto, surgiu, assim, meio às pressas, a letra de ‘Carinhoso’, tornando-se, desde aquele momento, um dos maiores clássicos do nosso cancioneiro.
ESPAÇO LIVRE
O poema abaixo foi publicado aqui em outubro de 2004. Trago-o novamente para os que ainda não tiveram a oportunidade de lê-lo. Espero que todos tenham uma boa leitura.
ANGÚSTIA
por
benechaves às
09:44