perfil
Bené Chaves <>, natalense, é escritor-poeta e crítico de cinema.
Livros Publicados:
a explovisão (contos, 1979)
castelos de areiamar (contos, 1984)
o que aconteceu em gupiara (romance, 1986)
o menino de sangue azul (novela, 1997)
a mágica ilusão (romance, 2001)
cinzas ao amanhecer (poesia, 2003)
Sonhadores

Você é nosso visitante de número


Obrigado pela visita!

links

a filha de maria nowacki
agreste
arabella
ariane
balaiovermelho
blog da tuca
clareando idéias
colcha de retalhos
dora
entre nós e laços
faca de fogo
janelas abertas
lá vou eu
letras e tempestades
litera
loba, corpus et anima
maria
mudança de ventos
notícias da terrinha
o centenário
pensamentos de laura
ponto gê
pra você que gosta de poesia
proseando com mariza
rua ramalhete
sensível diferença
su
tábua de marés
umbigo do sonho
voando pelo céu da boca

zumbi escutando blues

sonhos passados
agosto 2004 setembro 2004 outubro 2004 novembro 2004 dezembro 2004 janeiro 2005 fevereiro 2005 março 2005 abril 2005 maio 2005 junho 2005 julho 2005 agosto 2005 setembro 2005 outubro 2005 novembro 2005 dezembro 2005 janeiro 2006 fevereiro 2006 março 2006 abril 2006 maio 2006 junho 2006 julho 2006 agosto 2006 setembro 2006 outubro 2006 novembro 2006 dezembro 2006 janeiro 2007 fevereiro 2007 março 2007 abril 2007 maio 2007 junho 2007 julho 2007 agosto 2007 setembro 2007 outubro 2007 novembro 2007 dezembro 2007 janeiro 2008 fevereiro 2008 março 2008 abril 2008 maio 2008 junho 2008 julho 2008 agosto 2008 setembro 2008 outubro 2008 novembro 2008 dezembro 2008
créditos

imagem: Walker
template by mariza lourenço

Powered by MiDNET
Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com

 

 

 



sábado, janeiro 27, 2007




A SONORIDADE NO CINEMA

Soviético (6)


O cinema soviético foi um dos últimos a aderir ao período sonoro. O primeiro filme falado Caminho da vida, dirigido por Nicolai Ekk, data de 1930. Depois tivemos O Desertor (1933), do também ator Vsevolod I. Pudovkin e Groza (L'Orage, 1934) de Vladimir Petrov. Apesar do advento do som, alguns cineastas ainda fariam filmes mudos e Mikhail Romm realizou Boule de Suif/ Bola de Sebo, em 1934, numa adaptação de um conto de Maupassant. No mesmo ano Sergei Vassiliev fez Tchapaev. E o Dziga Vertov, um dos grandes pioneiros do cinema-documentário e que revolucionou a montagem, realizou também Três Corações para Lênin, em 1934.
Alexandre Dovjenko, diretor de origem ucraniana( A Terra, exibido aqui entre nós na época do Cine-Clube Tirol, "quis mostrar o estado de uma aldeia ucraniana em 1929 no momento em que aí se produziam transformações econômicas e, sobretudo, de mentalidade", segundo as palavras do próprio cineasta), fez em 1935 Aerogrado, em que críticos amadurecidos consideram o melhor filme sonoro do cinema soviético.
Surgem depois Pedro, o Grande(Petrov, 37/39), Alexandre Nevski/ Ivã, o Terrível(Eisenstein, 38/44), O General Suvurov/Guerrilheiros e Heróis(Pudovkin, 41) e A Batalha pela Ucrânia (Dovjenko, 45). São epopéias cinematográficas em que se revivem e atualizam os heróis da libertação popular.
O som para Pudovkin devia ser usado "para calibrar e aumentar a capacidade expressiva do cinema". Mas, foi com O encouraçado Potemkin (Eisenstein, 25), na fase muda, que o cinema soviético conseguiu projeção e renome no mundo inteiro. É um filme que ficará gravado na memória do povo como um libelo contra as opressões fascistóides. (Vide versos abaixo sobre a bela seqüência nas escadarias de Odessa).
O clima hostil imposto à cinematografia soviética na última guerra mundial resultou na danificação de laboratórios e estúdios, enquanto técnicos e artistas morriam nas mãos dos inimigos. Porém a recuperação se mostrou rápida e febril. Em 1949, no festival de Marianske-Lazni, algumas produções soviéticas arrebataram significativos prêmios. Entre elas o laurel de melhor filme em favor da paz coube a Encontro no Elba(49), de Gregory Alexandrov. E com A batalha de Stalingrado(48/49, duas partes), Petrov conquistou o principal prêmio.

ESPAÇO LIVRE


ODESSA


A mudez do povo nas escadarias
fuzilado de degrau em degrau
a criança rolando feito molambo
trouxe uma enorme consciência .

E o massacre dos sisudos soldados
levou ao desespero findo e total
no rosto daquela mãe aflitiva
o desenlace da matança geral.

O carrinho então despencou...
a multidão se desarticulou e
no solavanco o menino chorou
as mortes de uma perdida esperança
.

Bené Chaves

por benechaves às 09:35