A SONORIDADE NO CINEMA
Italiano (3)
O primeiro filme sonoro italiano foi Canção de amor/ La canzone del amore, dirigido pelo Gennaro Righelli e realizado em 1930. O roteiro foi extraído de uma novela de Pirandello, escrito pelo Giorgio Simonelli. Daí em diante todos os diretores da era muda puseram-se a falar.
Mário Camerini, o mestre da 'ironia amável' fez La Riva dei Burti (1930) e L' Ultima aventura (1931), enquanto Alessandro Blasetti foi outro que também marcou e muito contribuiu no início da chamada era sonora. A colaboração e a participação do mesmo foram das mais proveitosas para o cinema italiano. Fez algumas fitas importantes para o começo de sua carreira, a destacar: Terra Mãe (1931), Velha guarda (1934) e Ressurrectio (1930). É bom lembrar que Blasetti trabalhou também como ator em Belíssima (1951), do Luchino Visconti. E interessante assinalar que o cineasta alemão Walter Ruttman foi peça importante a partir da fase sonora italiana.
A lista de diretores italianos vindos em grande parte da experiência sonora é simplesmente imensa. Muitos já morreram, alguns permanecem com menos ímpetos, outros surgem e se sobressaem. Daremos aqui alguns nomes que apareceram neste segundo pós-guerra: Luigi Zampa, que conheceu o sucesso com Viver em paz (1946) ; Alberto Lattuada, que passa pelo neo-realismo com Sem piedade (1947) ; Pietro Germi em Juventude Perdida (1947) foi também um dos nomes importantes do neo-realismo ; Guiseppe De Santis, que com Trágica perseguição(1947) fez o seu melhor filme ; Vittorio De Sica, também do neo-realismo, iniciando como cineasta em Rose Scarlatte (1939); o Roberto Rosselini com La Nave Bianca(1941). Não podemos deixar de citar o grande Luchino Visconti, que realizou já durante a Segunda Guerra, o seu primeiro longa, Ossessione, em 1942. Como também um Federico Fellini ou um Michelangelo Antonioni iniciando com o documentário Gente del Po, em 1943.
Ficamos, claro, no início da era sonora. E aqui foi somente uma amostragem, é lógico que faltam importantes nomes na continuidade da tecnologia do som no atualmente tão falado cinema italiano.
ESPAÇO LIVRE
Mais um poema da Kalliane Sibelli, autora norte-riograndense que publicou em 2003 seu primeiro livro 'Outonos' pela 'Coleção Mossoroense'. Tenham uma boa leitura.
DISTRAÇÃO
Amor, teu olho e tua miséria
são simplesmente iguais...
Mas insisto em reter-me
nessa lâmina que te faz.
Faço-me carne, voz e papel,
e sangro essência, cristal, espanto,
sempre que em ti me leio,
sempre que em ti me escondo.
E no entanto nem percebes
que me quebras, me despedaças...
Mas de meus retalhos te vestes,
e eu só canto, enquanto passas.
por
benechaves às
10:23