A SONORIDADE NO CINEMA
Inglês (5)
Anthony Asquith (1902/68) fez soar, em 1929, A cabana de Dartmoor juntamente com o diretor alemão André-Ewald Dupont (1891/1956), depois de este ter ido trabalhar na Inglaterra e realizar Atlântico também no mesmo ano. Foram, então, as primeiras vozes do cinema inglês. Na década 29/30 houve grande atividade nos estúdios britânicos e os cineastas de renome foram o próprio Asquith, Basil Dearden, William Howard, Alfred Hitchcock e o húngaro Alexander Korda. O húngaro era meio cosmopolita e realizou em Hollywood A vida privada de Helena de Tróia (1927). Como parecia gostar das 'vidas privadas', fez mais duas, sendo uma de Don Juan (1934) e a outra, feita na Inglaterra, de Henrique VIII (1933), com o grande ator Charles Laughton em começo de carreira. Neste período duas obras se destacaram no gênero dramático: Pigmalião(1938) de Asquith e Os 39 degraus (1935) do mestre Hitchcock.
Iniciou-se também o cinema-documentário e John Grierson, fundador da escola documentarista inglesa, foi o principal articulador, pois via o gênero como "um tratamento poético da realidade". Trouxeram conhecimentos e experiências, enriquecendo a escola, o americano Flaherty, o brasileiro Alberto Cavalcanti e os soviéticos Eisenstein e Aleksandr Dovjenco. Destacamos ainda os pioneiros Arthur Elton, Basil Wright, Paul Rotha, Harry Walt, entre outros. Citamos alguns títulos realizados por esta equipe britânica: Correio da noite, Mar do norte, Rostos de carvão, A voz de Londres e Desemprego.
Fitas que pertencem hoje à filmografia mundial datam da guerra e pós-guerra. Entre elas, O caminho das estrelas (Asquith, 45), Desencanto/Grandes Esperanças(David Lean, 45/46), O condenado(Carol Reed, 47), Narciso negro/Os sapatinhos vermelhos(da dupla Powell/Pressburger, 47/48), Na solidão da noite (em cinco episódios e dirigidos por Charles Crichton, Alberto Cavalcanti, Robert Hamer e Basil Dearden, 45), Henrique V/Hamlet (Laurence Olivier, 44/48), dentre outras.
Enquanto isso manobravam - no campo econômico - atrás dos bastidores da produção e distribuição cinematográfica, o húngaro Alexander Korda e o industrial e principal exibidor britânico J. Arthur Rank.
Eis aí, portanto, em rápidas pinceladas, o começo da era sonora do cinema inglês. E com a participação de cineastas de outros países.
ESPAÇO LIVRE
ANGUSTONIONI
No diálogo final
o final sem diálogo
a ambigüidade...
E o impasse, uma
dedução verbal
revelando o não ser.
Na grave solidão,um
dilema lacerado, o
lema dilacerado...
Outro tema unido.
O sufoco no
foco fixado
da fenda estreita,
não vazia.
E no entremeio, largas
e belas imagens, as
aquarelas de uma
existência.
Bené Chaves
por
benechaves às
11:07