Os melhores filmes que vi em 2006.
De todos os filmes que vi no ano próximo passado, apenas um (O maior amor do mundo, de Cacá Diegues, 2006) foi visto na tela grande do cinema. E talvez seja o que de melhor ele fez até agora. Os outros vi somente na tela pequena. Agradou-me também a fita de Lúcia Murat, Quase dois irmãos, 2004, assim como( em uma escala menor) Sal de Prata, do Carlos Gerbase, 2006. E outro brasileiro, no mínimo interessante, foi O outro lado da rua, de Marcos Bernstein, 2004. Mas, decepcionei-me novamente com o Julio Bressane e o seu Filme de Amor,2003, a exemplo do que já ocorrera com Miramar, 97, exibido aqui anos atrás no Festival de Cinema. Aliás, das poucas fitas que vi deste dito cineasta nenhuma até agora me entusiasmou. Daí assisti também De crápula a herói, 59, um bom filme do Rossellini.
Porém, o diretor sueco Ingmar Bergman foi o grande nome do ano passado. Praticamente vi Persona, 66, pela primeira vez, já que uma visão que tive em tempos atrás não chamou a atenção merecida. Achei desta vez o filme magistral. A fita de Bergman é quase um monólogo. E é justamente pela beleza da mesma que resolvi colocá-la na listagem. O outro dele também excelente foi O Silêncio, 63.
Depois desta espécie de prefácio, eis os melhores:
1. Persona (Bergman, 66)
2. A infância de Ivan (Tarkovski, 62)
3. O silêncio (Bergman, 63)
4. Tempestade sobre a Ásia (Pudovkin, 28)
5. A idade do ouro (Buñuel, 30)
6. O novo mundo (Mallick, 2005)
7. Consciências mortas (Wellman, 43)
8. Marcas da violência (Cronenberg, 2005)
9. Match Point (Allen, 2005)
10. A Bela do Palco (Eyre, 2004)
11. Quase dois irmãos (Murat, 2004)
12. Flores Partidas (Jarmusch, 2005)
13. O maior amor do mundo (Diegues, 2006)
14. Boa noite e boa sorte (Clooney, 2004)
15. Com a maldade na alma (Aldrich, 64)
16. De Crápula a Herói (Rossellini, 59)
17. Um lugar para recomeçar (Hallstrom, 2005)
18. A janela da frente (Ozpetek, 2003)
19. A vida no paraíso (Pollak, 2004)
20. A Dama de Honra (Chabrol, 2004)
ESPAÇO LIVRE
O último sarau do ano 2006 coordenado pelo Eduardo Gosson homenageou a poeta norte-riograndense Kalliane Sibelli, que reside em Mossoró. A mesma participou do prêmio Luis Carlos Guimarães de Poesia e ganhou em 2005 o primeiro lugar. Compartilho com vocês de um de seus poemas que faz parte do livro "Exercício de silêncio". Na próxima postagem publicarei outro de seus textos.
Sentada em frente do espelho
observo-me o ventre raso
fecundado de amor e morte:
fiz-me nuvem oscilante,
fiz-me âncora, fiz-me norte,
fiz-me mesmo estrada e pedra
solitária onde pousaste
teu cansaço, fiz-me canto...
Ah, se tu soubesses quanto
de mim te dou quando te amo!...
por
benechaves às
11:20