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Bené Chaves <>, natalense, é escritor-poeta e crítico de cinema.
Livros Publicados:
a explovisão (contos, 1979)
castelos de areiamar (contos, 1984)
o que aconteceu em gupiara (romance, 1986)
o menino de sangue azul (novela, 1997)
a mágica ilusão (romance, 2001)
cinzas ao amanhecer (poesia, 2003)
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sábado, setembro 30, 2006


PALAVRAS QUE INQUIETAM (15)

· Para nos auxiliar também deixo aqui a palavra sempre sensata de Antonio Vieira, que desde os idos do século XVII ficou famoso pelos lapidares depoimentos sobre o ser humano. Acerca dos ditos e indignos representantes do povo, eis o que dizia o abnegado padre : "Tempos houve em que os demônios falavam, e o mundo os ouvia; mas depois que ouviu os políticos ainda é pior mundo".
Sem comentários, sem comentários...
Mais adiante uma sentença da época, lógico, para fecharmos o cerco ao nobre Pe. Vieira : "Os homens, com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros".
E olhe que tal frase foi pronunciada, claro, antes do ano de 1697, quando ele morreu no dia 18 de julho. Não se atrela a uma máxima profética e que se encaixa nos tempos atuais? Notável, simplesmente notável...


· E como uma ilustração da demagogia dos políticos tem-se exemplo e clímax no excelente filme de John Ford O homem que matou o facínora. Na significativa cena em que um cidadão público pretende iniciar seu discurso, ele abre uma folha na frente de todos e depois a amarrota e joga-a no chão. Um senhor atento apanha o papel e vê que o mesmo está em branco. Então o velho político iniciará o malfadado discurso de improviso, ignorando a presença do perspicaz observador.
Quantos de nós não ficamos na inocência em atitudes feitas às ocultas, hein?


· Saindo um pouco da esfera política, recorremos ao polêmico cineasta Rainer W. Fassbinder, alemão incansável, passional e precoce. Realizador de fitas excelentes como Despair - uma viagem para a luz e O casamento de Maria Braun, entre outras, parece não ter conseguido escapar de sua sina. E morreu moço ainda, aos 36 anos, devido mais a uma vida de drogas e escândalos, deixando, porém, seu legado às gerações futuras nos mais de 40 filmes que dirigiu. E dizia pra quem quisesse ouvir: "Posso dormir quando estiver morto". Que o genial homem, portanto, depois de uma conturbada e curta existência, durma em paz.

ESPAÇO LIVRE

Publico hoje o "Soneto nº. 3", do escritor e poeta natalense Nei Leandro de Castro, autor do romance "As pelejas de Ojuara", que vai ser adaptado para o cinema e já com as filmagens a serem iniciadas.

SONETO Nº 3
Um é pouco. Dois, bom. De vez em quando
um casamento a três quebra a rotina.
Uma mulher para dois se desatina
nos jogos duplos em que vai impondo
a força que ela tem. Boca e vagina
engolem os que vão lhe penetrando.
E os machos cumprem, machos, sua sina:
zangões felizes de morrer gozando.
O casamento a três sempre dispensa
juras de amor, promessas, má consciência
ou toda e qualquer forma de contrato.
É importante ser um casamento
que viva intensamente o seu momento
de amor carnal num ato ou muitos atos.

por benechaves às 08:32