Diante de minha recente namorada pude sentir o desejo de um relacionamento mais sério, visto que algo intrínseco sacudia meu organismo à cata de nova companheira. E também não estava tão novinho assim, já quase beirando os trinta anos. Aquela euforia do passado parecia se diluir em um tempo presente e talvez futuro. Vi-me na ansiedade de ter uma mulher sempre ao meu lado, dormindo comigo, madrugando sem dormir e acordando também comigo. E senti vontade de uma divisão de afetos e, logicamente, tarefas. Era o transcurso de uma existência na iniciação de uma fase meio obscura para mim, aquele momento em que um amor poderia ser duradouro ou não. Seria uma experiência de vida!
Alguns amigos, também, dispersaram-se, e com certeza, tocaram suas vidas pra diante, creio que devido o aparecimento de uma paixão, um casamento ou dedicação a um estudo que teriam de enfrentar no presente e futuro próximo. Portanto ninguém poderia rejeitar (todos já numa pós-adolescência de fervor) e estar livre de uma bonita mulher que aparecesse e nos encantasse com sua sedução. As mocinhas, crescidinhas e sabidas, no encalço de um bom casamento, uma época em que elas ficavam também alucinadas para tal união, fugindo de um caritó que tinham verdadeiro pavor. Justamente na efervescência que nos excitava, quando aos poucos íamos transpondo barreiras para uma convivência a dois. E o útil se juntava ao agradável, mesmo que meses ou anos depois tudo se mostrasse inútil e desagradável. Então as decepções se evidenciavam e aqueles casais que juraram amor eterno entre parentes, igrejas e aderentes passavam de um lado para o extremo do outro de uma suposta afetividade. Era evidente o paralelismo que existia e ainda existe entre o amor e o ódio.
Mas, enquanto uns foram marginalizados devido a uma estrutura perversa da sociedade e não tiveram chance alguma naquele meio ou círculo social, outros saíram de Gupiara tentando encarar situações ainda incertas e aventuradas. Foi o caso de um grande amigo transferido (por imposição do trabalho) para outra cidade e que não gozou da mesma sorte dos que ficaram. Apaixonando-se por lá (sempre a eterna paixão trilhando caminhos), casou-se, teve filhos, mas depois de idas e vindas, voltas e reviravoltas, terminou sendo traiçoeiramente sugado pelas rodas de um carro. Foi uma morte trágica que afetou todos nós, ele ainda, no auge de uma existência. Uma existência, a cada dia que passa, sem nenhum objetivo, apenas o de ficarmos expostos ao azar ou sorte de sua determinação.
ESPAÇO LIVRE
AS ATRIZES MAIS FASCINANTES DO CINEMA
A palavra fascinante, como o próprio nome diz, é o ato de fascinar alguém, um toque qualquer, um deslumbramento, um encantamento, uma sedução. A chamada atração irresistível. É aquela atriz que encanta e enfeitiça seus olhos numa simples aparição, seja do ponto de vista físico como também intelectual. É, portanto, o charme, uma ação de enlevo, de sublimação. Dentre inúmeras atrizes soberbas e atraentes fica difícil escolher menos de trinta, pois o número é ainda pequeno em relação à quantidade de mulheres fascinantes que existem (ou existiam) no cinema. Sabemos que não estamos sendo muito justos, mas, feita a ressalva em memória das que ficaram de fora, vamos lá:
Þ Kim Novak (belíssima em Férias de Amor).
Þ Brigitte Bardot (encantadora no E Deus criou a Mulher).
Þ Ava Gardner (linda em A Condessa Descalça).
Þ Silvana Mangano (provocante no Arroz Amargo).
Þ Ingrid Bergman (estonteante em Casablanca).
Þ Elizabeth Taylor (bela no filme Um Lugar ao Sol).
Þ Marie Laforet (formosa em A Garota dos Olhos de Ouro).
Þ Claudia Cardinale (arrasadora na fita O Belo Antonio).
Þ Grace Kelly (impecável em Janela Indiscreta).
Þ Catherine Deneuve (insubstituível em A Bela da Tarde).
Þ Mônica Vitti (inigualável no A Aventura).
Þ Gina Lollobrigida (singular em Trapézio).
Þ Anita Ekberg (fenomenal no filme A Doce Vida).
Þ Rita Hayworth (alucinante em Gilda).
Þ Ingrid Thulin (encantadora em Morangos Silvestres).
Þ Tatiana Samoilova (mágica em Quando voam as Cegonhas).
Þ Natalie Wood (lindíssima no Clamor do Sexo).
Þ Jeanne Moreau (talentosa em Uma Mulher para Dois).
Þ Sophia Loren (admirável no A Lenda da Estátua Nua).
Þ Silvia Piñal (angelical em O Anjo Exterminador).
Þ Raquel Welch (deslumbrante no A Mulher de Pedra).
Þ Marilyn Monroe (sublime em O Pecado Mora ao Lado).
Þ Greta Garbo (magnífica em Ninotchka)
Þ Marlene Dietrich (insuperável no O Anjo Azul).
Bené Chaves
por
benechaves às
11:47