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Bené Chaves <>, natalense, é escritor-poeta e crítico de cinema.
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a explovisão (contos, 1979)
castelos de areiamar (contos, 1984)
o que aconteceu em gupiara (romance, 1986)
o menino de sangue azul (novela, 1997)
a mágica ilusão (romance, 2001)
cinzas ao amanhecer (poesia, 2003)
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terça-feira, maio 24, 2005

VIGÉSIMOS ALUMBRAMENTOS

A grande rivalidade existente entre uma pessoa querida e a outra que prejudica ou fere, delimita a distância que cerca o mal do bem. Aí, então, você fica totalmente sem ação quando o primeiro substantivo masculino engole com facilidade o segundo. Mormente em se tratando de questões puramente sentimentais, porque é mais fácil você difamar e ter um respaldo de gente insidiosa do que procurar avivar o aspecto verídico da questão.

E foi o que aconteceu num lance posterior comigo e minha namorada.Tanto que debati e rebati o assunto, mas parece que pisei numa tecla em falso. Melhor dizendo: pisaram. Então, a querela voltou com todo gás. Pior ainda: uma incógnita flutuou no ar, passado; flutua no ar, presente e com certeza flutuará no ar, futuro. O verbo aqui conjugado nas suas três formas. Mas, o correto é que Gracita soube... Será que soube mesmo ou foi apenas um pretexto? As mulheres e seus mistérios desde cedo... Eis aí, portanto, a minha dúvida. Resta alguma dúvida?

O problema foi fuxicado e em conseqüência disso esticado, negócio de inclinação para inclemência. Porém, passou-se assim: foram dizer para a ditosa (ou desditosa?) Gracita que eu tinha ido ao cinema com uma garota. Pode um troço desse, a maledicência voltar a todo vapor? Não sei... Parece coisa de inveja, invenção, inversão ou investida. Fiquei malvisto. Aquilo foi uma arrelia, um acontecimento de zanga. Claro que tinha ido ao cinema, uma de minhas paixões desde então. Contudo fui sozinho, nada de companhia. Talvez alguém me viu e resolveu contar sua estória, olhando o lado perverso e depois rindo à toa do acontecido. O estranho nisso tudo, porém, é o nome do filme, um faroeste com os atores Kirk Douglas e Jeanne Crain: Homem sem Rumo, do cineasta King Vidor. E coincidentemente, ou não, estava eu lá no cinema. Pois é, fiquei sem rumo nessa trama ou trapaça. Melhor dizendo: duplamente sem paradeiro.

A vida, diante de tantos enredos, além de seus marruás maldizentes, é asselvajada, inflexível. Diria até que ela é paradoxal. Ou são seus astuciosos habitantes? Tudo se configura ambíguo, nada é como se apetece, pois interferências outras chegam inesperadamente e os fatos honestos não são executáveis. As coincidências marcam, às vezes, a sorte das pessoas, como também a desgraça. E efetuam-se, depois, o desejável ou o detestável. São as chamadas conseqüências e inconseqüências de uma existência, quem sabe, talvez danosa.

ESPAÇO LIVRE



PROMISCUIDADE


O mundo está mudo...
Munido de droga, lixo
luxo, sexo, dinheiro e
desvairada corrupção.

Unido de família, religião
farsa, hipocrisia, alienação
e pseudo-sacramento.

O mundo está imundo
e desunido de
guerra
paz
amor
paixão.

Bené Chaves

por benechaves às 21:10