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Bené Chaves <>, natalense, é escritor-poeta e crítico de cinema.
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a explovisão (contos, 1979)
castelos de areiamar (contos, 1984)
o que aconteceu em gupiara (romance, 1986)
o menino de sangue azul (novela, 1997)
a mágica ilusão (romance, 2001)
cinzas ao amanhecer (poesia, 2003)
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quarta-feira, novembro 03, 2004

ESTÓRIAS DE CONTAR



Naquela noite de lua cheia, Painhô carregou minha mãe pelo braço e foram os dois pro alpendre. Tia Chica ficara na cozinha preparando outra de suas iguarias. E os dois começaram a repassar dias gloriosos. Ela, a lhe contar que estava muito feliz desde que o conhecera. Dizia então: vim traçar com você o meu destino e não me arrependo. Vê como são as sinas da vida!...

Meu pai deitou na rede e, ao invés do violão, começou a contar fatos do passado. Somente os dois ali, ao som de um silêncio abismal. E falou da estória famosa do pote, que ficou conhecida naquela região e circunvizinhanças:

Numa reunião quase semanal que era feita na casa de um amigo, todos se entretinham no jogo de cartas ou então em conversas de jogar fora. E algumas cervejinhas ao lado, que ninguém é de ferro. A noite, portanto, distendia-se salutar quando um dos presentes pediu um copo de água. Mas, como a dona da casa estava ocupada em fazer petiscos, solicitou que tal pessoa não se envergonhasse e fosse beber tão precioso líquido.

A casa era meio esquisita e pra se ir até à cozinha, tinha-se de passar pelo corredor que levava aos dormitórios. E lá se foi o destemido cidadão em busca do seu desejo.

Contudo, passaram-se alguns minutos e nada do indivíduo voltar. Daí, depois de breve intervalo, retorna ele, mais alegre do que pinto em beira de cerca. E como se tivesse saciado toda sua sede.(Registre-se aqui de que pinto em beira de cerca fica alegre porque toma banho nas lagoas das imediações, evidenciando com isso seu refrescamento e sentimento de alegria).

O ditoso sujeito, portanto, confidencia aos companheiros o que ocorrera... E logo a seguir os demais seguem em fila, um a um, o itinerário estranho e curioso. Porém, volta e meia, a sede ataca novamente àqueles já saciados.

Desconfiada, pois o marido estava grogue, a anfitriã vai olhar o sucedido. E depara-se no corredor com a porta do quarto semi-aberta. Ali, ela descobre o motivo de tanta sede. Sua filha dorme numa posição sensual e convidativa aos olhos dos sequiosos. E bote atração nisso!

Vexada e confundida, a esposa grita em alto e bom som ao marido já alcoolizado: chega Gusmão, vem ajeitar tua filha senão eles secam o pote! Apesar do mesmo, lógico, ainda conter água escorrendo pelo gargalo.

Tia Chica grita que a janta está esfriando. Os dois ficaram tão absortos que não sentiram o cheiro vindo lá de dentro e tampouco o chamado da preta velha.


ESPAÇO LIVRE



CANTO PARA UMA MULHER


Dou-te um amor de versos
amores diversos
mas quero-te em beijos
passear ao redor de ti
dos seios generosos
à vulva suculenta.

Num orgasmo paroxístico
derramar o sêmen espumante
tua palavra em desmonte
teu corpo a faiscar de calor.

E em contínuas invenções
fodê-la diuturnamente.

Sem dor, temor, dó
e tremor.

por benechaves às 21:05