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Bené Chaves <>, natalense, é escritor-poeta e crítico de cinema.
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a explovisão (contos, 1979)
castelos de areiamar (contos, 1984)
o que aconteceu em gupiara (romance, 1986)
o menino de sangue azul (novela, 1997)
a mágica ilusão (romance, 2001)
cinzas ao amanhecer (poesia, 2003)
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sexta-feira, agosto 13, 2004

O Princípio de todos nós



Tudo começou com invencionices, partindo da premissa de que o Universo foi criado em apenas uma semana. Se foi, nunca soube de outra tamanha engenhosidade.Mas, deixa isso pra lá. Afinal de contas todas as coisas não passam de símbolos, ilusões e desilusões. Sei, porém, que a caverna abrigou a geração precípua, o labrego, primeiros sinais de desenvolvimento e adaptação aos costumes terrestres.

As pedras apareceram, os insetos se acasalaram e os rudes se mesclaram. E surgiu, então, o homo-sapiens. Depois emergiu a estória de Adão e Eva. Mas foi tudo somente estultícia, porque o primeiro homem comeu - não literalmente - a primeira mulher, claro. E eles, Adão e Eva, nunca souberam disso.

Coisa de acasalamento dos tempos idos, selvageria de antanho, que, acho, não deve ser muito diferente da atual. Apenas diverge quanto ao meio ambiente.

Não é mesmo uma trapaça?

Daí surgiram novos povos, a linguagem tomou impulso e aprenderam a cultivar a terra. E o chafurdo iniciou.

Nada tenho a ver com feitos anteriores, suposições, superstições ou fés inabaláveis. Apenas acho que são calabouços que nos prendem ao infinitivo. Somos mesmos uns tontos a perambular algures, alhures, indefinidos e perplexos ante a magnitude de um Universo.

Enquanto digo isso, em lugares estranhos à nossa percepção visual, acontecem as mais esquisitas façanhas, manhas e artimanhas. Milhões de pessoas morrem de fome, existe guerra, autodestruições, desespero, desamor e, conseqüentemente, a não solidariedade ao próximo. E o ser (dito) humano, continuando a trair seus semelhantes em farsas, hipocrisias e delações.

O mundo, portanto, surgiu a emaranhar, a confundir e até a consagrar cousas, lero-lero e lousas. Daqui em diante nada sei, sei apenas que ele foi inventado e não criado.

Bené Chaves



ESPAÇO LIVRE

O escritor e crítico de cinema Francisco Sobreira (Natal) enviou um poema para ser publicado neste 'espaço livre'. Portanto, compartilho com vocês o texto do nosso amigo:

VELHO NUMA MANHÃ DE DOMINGO


O velho está sozinho na ante-sala da casa.
Seu olhar abrange o pequeno trecho da rua,

paisagem que a retina fixou há muitos anos.
Mas, talvez, não seja para a rua, nem para os raros transeuntes,
que ele estenda os olhos dispensados de lentes.
Quem sabe se neles não permaneça um resto de brilho,
provindo de lembranças de remotos domingos.
E, assim, o velho não se sinta sozinho entre os familiares
que o deixam isolado naquele domingo.

por benechaves às 14:45